O homem da estrada
Vejo sempre no mesmo horário
Quando estou indo ao trabalho.
Quantas vezes vejo sem ver.
Mas hoje pude realmente perceber
E sua alma ver...
Na simplicidade de um SER.
Eu não sei o porque
Mas ele fica ali a espera de um aceno, um sorriso,
A espera de ser visto.
Não sei o motivo
Mas tocou em mim de uma forma especial.
Eu o vi.
A sua alegria tão infantil, de ficar feliz porque o Reconheci.
Ele estava se doando
Semeando sua presença
Sem esperar nada...
Como uma flor nasce sem plateia.
Mas quando acenei para ele e sorri
Ele retribuiu com gestos fraternos.
E algo sutil aconteceu...
A partir dali
Minha vistas foram limpas
Enxerguei
Aquilo que na correria passava despercebido.
Cerejeiras no caminho...
Penso que viver plenamente
Seja isso
Tão simples...
Como um aceno do homem da estrada
Quanto ensinamento escondido no que passava despercebido.
Ele me fez escre-ver...