Na minha infância
Eu era uma criança natural
Gostava de brincar para divertir
Não para competir
Mas fui condicionada a essa competição inata
E como não me adequava
Era deixada de lado
A mensagem que recebia, era que não servia.
E a naturalidade foi se perdendo com o tempo
Afastei do que tanto me alegrava
Porque daquela forma que tratavam
Me machucava
O tempo passou...
E hoje observo, o quanto restou daquelas crianças no adulto que nos tornamos
A vida aqui fora é cenário propício
Para este jogo, das vaidades
Do ego elevado
Daqueles que mais se destacam
Não tem espaço para a simplicidade
Para aqueles que apenas querem ser o que são
Que não entram nesta avalanche de comparação
Agradeço este tempo espaço
Por poder recordar o passado
E me libertar
Compreender e agora acolher
Que Sou aquela menina livre do jogo da vida.
Que sofreu as consequências por não pertencer a essa teia.
E que agora se olha de fora
E vê
Que cresceu,
Que escolheu Ser ela mesma
Autêntica
Que a maior competição que travou foi consigo mesma
Que o maior objetivo era se conhecer
E vencer as próprias barreiras
Essa sem dúvida é a maior conquista
Poder descansar naquilo
que é
Desfrutar a vida
Com leveza e alegria...