Conduziu-me a essa escuridão a fim de purificar meu coração
E aqui estou nessa terrível solidão
Sem ninguém para segurar minha mão
Não tenho mais compreensão
Já não há com quem falar quem possa me escutar
Eu que sempre fui ajudar
E agora não tenho quem possa me consolar...
Nem mesmo eu consigo entender o que esta acontecendo com meu ser
Sinto-me desgarrada daquele que tanto amava e que sempre me cuidava
Obrigada a seguir por caminhos desconhecidos
Sozinha, sem companhia
Assim como vim, eu me sinto assim
Tendo que suportar esse vale tenebroso de dor
Estou pressa em mim mesma
De mãos atadas, acorrentada...
Agarrada nas lembranças que vivi em sua companhia
Como se fossem a minha infância
Mas em tempos sou aliviada, consolada...
Por uma paz que não pode ser comparada
Ora ele vem me ver,
Ora se esconder,
Para eu não me perder
É assim hoje o meu viver... ...
E sem entender nada,
Vou sendo levada, cada vez mais longe nessa estrada
Embora me sinta tão fraca,
Sinto-me guiada por uma luz tão viva
Que ofusca minha vida,
Mas é ela que me guia,
Pensava que estava tão elevada
E por isso preservada
E agora sou humilhada
Tive que me recolher
Para entender que não sou nada
Precisei ser silenciada
Privada do convívio dos amigos e família
E até de mim despojada
Totalmente abandonada...
Não controlo nem meu corpo nem tão pouco minha’alma
Sou sustentada apenas pela graça
Porque essa ainda não foi retirada
É chegado o tempo de se voltar-se para dentro de mim
A fim de evoluir...
Dar valor ao amor
Quanta falta nos faz
E quão suave é sua capacidade de nos curar
Assim devo suportar essa travessia na minha vida
Deixar-me transformar
Fabiana Freire Semeadora do Amor
Enviado por Fabiana Freire Semeadora do Amor em 28/01/2014